Psicanalista Clínica e Pesquisadora

Sobre mim

Olá, eu sou Isadora Maria. Comecei minha relação com a psicanálise em 2012, como paciente, depois de vivenciar um estado emocional que me levou ao limite da dor e me fez perder o sentido de estar viva. No processo terapêutico de análise encontrei sustentação e ferramentas para recuperar a saúde, reencontrar sentido e recomeçar uma nova vida. Esse processo, que sigo até hoje, transformou profundamente a forma como eu existo no mundo.

Ao longo dos anos, vivi experiências que muitas pessoas reconhecem: depressão, ansiedade, relações abusivas, burnout e períodos de exaustão emocional que atravessam corpo e alma. Não trago isso como uma narrativa de sofrimento, mas como parte da minha história humana. Viver essas dores acompanhada em análise, explorando meu inconsciente, foi o que me fortaleceu e me ajudou a criar raízes internas, reorganizar a vida e reconstruir caminhos mais verdadeiros para mim.

Em 2020, durante a pandemia, vivi minha segunda grande renovação. A estrutura de vida que eu vivia até então entrou em crise não porque fosse ruim em si, mas porque, à medida que eu crescia, já não fazia sentido para a mulher que eu era — e para a que eu desejava me tornar. Eu sabia que crises são chamados para mudança, e que cabe a cada um escolher como direcionar esse movimento — e foi o que eu fiz, enfrentando o que era necessário e respondendo ao que aquele momento pedia, colhendo, depois, os frutos dessa escolha. Enquanto tudo mudava por fora — cidade, casa, relação, direção — eu mergulhava cada vez mais no meu processo interno e nos estudos psicanalíticos, permitindo que uma nova versão de mim pudesse emergir. Só depois entendi que minha história, com suas dores e renascimentos, havia se tornado parte da minha formação: ela me preparava para sustentar outras pessoas em seus próprios processos. Ao elaborar o que vivi, pude transformar experiência em sentido — e sentido em cuidado.

Minha analista acompanhou não apenas meus processos internos, mas também meu percurso teórico-intelectual. Sempre encontrei sentido e prazer nos estudos; isso não é algo da psicanálise em si, mas parte do meu modo pessoal de elaborar o que eu vivia.

Compreender teoricamente algumas questões aprofundava minha análise e me fortalecia internamente, por isso ela utilizava esse recurso comigo. Sua escuta generosa, sensível e perspicaz marcou profundamente meu percurso e sustentou momentos decisivos da minha formação e da minha vida.

Sua presença marcou de forma única o modo como passei a existir para mim mesma. Isso segue vivo no meu percurso. O processo terapêutico é construído a partir da singularidade de cada dupla paciente–analista, e esse era o nosso caminho. Ela percebeu esse movimento antes de mim e o devolveu como espelho. Foi ela quem, depois de anos de acompanhamento, estudo e amadurecimento, me disse pela primeira vez que me via como analista.

Foi também nessa época que iniciei minha formação no Instituto Humanae de Psicologia e Cultura, onde participei de grupos de estudos em psicanálise e dos grupos dedicados ao psiquismo feminino. O Humanae foi um dos pilares da minha base formativa, oferecendo um espaço de estudos, supervisão, comunidade e aprofundamento clínico que precedeu minha formação institucional atual.

Ali conheci minha supervisora — uma psicanalista acolhedora, firme e visionária, cuja generosidade acompanhou meu percurso desde o início. Assim como minha analista, ela reconheceu em mim algo que eu ainda não sabia nomear, e me sustentou com ensinamentos, supervisão cuidadosa e uma disponibilidade que sigo encontrando até hoje, tanto nas supervisões quanto nos diálogos particulares que seguimos construindo.

Minha entrada na clínica aconteceu de forma orgânica. Nove meses antes de começar a atender, passei a frequentar supervisões em grupo, onde meu percurso pessoal e teórico se encontrou com a construção do meu olhar clínico. Nesse espaço, ao acompanhar e elaborar os casos discutidos, colegas passaram a reconhecer minha forma de pensar e trabalhar, e começaram a me indicar pacientes.

Minha agenda se formou e cresceu majoritariamente por essas indicações — de colegas e dos próprios pacientes — e assim minha clínica se consolidou e segue crescendo com qualidade. Desde 2021, acompanho pessoas de diversas regiões do Brasil e do exterior — como Estados Unidos, Inglaterra, Portugal e França — somando mais de dois mil atendimentos ao longo desse tempo.

Hoje sigo em formação contínua no Centro de Estudos de Psicanálise (CEP), em São Paulo, aprofundando um percurso que integra psicanálise, filosofia e cultura — campos que também estudei na pós-graduação em Psicanálise, Filosofia e Cultura pela PUC-PR. Antes da clínica, atuei como atriz profissional de teatro em São Paulo, após me formar em Licenciatura e Bacharelado em Teatro pela Universidade Anhembi Morumbi. Minha formação artística e minha experiência como arte-educadora se tornaram parte enriquecedora da minha escuta: fui treinada a perceber nuances, silêncios, microexpressões, gestos e simbolismos que dizem muito do que sentimos, mesmo antes de conseguirmos nomear.

Além da clínica, desenvolvo pesquisas que exploram temas ligados à psicanálise, cultura e subjetividade feminina. Sou autora de um artigo científico — registrado na Biblioteca Nacional — intitulado Mito de Cassandra, histeria e síndrome da impostora: uma leitura sobre a repressão da subjetividade feminina, no qual investigo por que tantas mulheres duvidam de si mesmas e têm sua voz enfraquecida por padrões culturais, emocionais e sociais que atravessam tanto a história quanto a vida de hoje.

Na clínica, ofereço um espaço seguro, acolhedor e ético para quem atravessa depressão, ansiedade, inseguranças, baixa autoestima, conflitos afetivos, somatizações, vícios, compulsões alimentares ou a sensação silenciosa de angústias que ainda não têm nome. Acompanho cada pessoa no seu próprio ritmo, utilizando o método psicanalítico e dando dignidade à singularidade de cada um na escuta de suas aflições e anseios.

Eu acompanho, sustento, escuto, acolho e convoco, oferecendo suporte para que o movimento consciente e inconsciente de transformação possa emergir e ser construído pelo próprio paciente.

Nasci em Pouso Alegre, no Sul de Minas, onde vivo atualmente. Morei seis anos em São Paulo, cidade que marcou profundamente minha formação e meu percurso adulto. Sou casada, tenho um cachorro adotado chamado Romeu e encontro beleza nos detalhes da vida — na natureza, nas relações e nas histórias que atravessam quem somos. Sou uma mulher real, que ri e chora, cai e levanta, que é atravessada pela vida como qualquer outra pessoa — e é desse lugar, profundamente humano, que exerço meu trabalho.

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